terça-feira, 10 de setembro de 2013

CÂMARA DE BEJA NÃO ESCLARECE DÍVIDAS



Vereadores da CDU querem demonstrar que as dívidas a fornecedores superam o montante deixado pelo anterior executivo em 2009 
 
 
Os três vereadores da CDU com assento no executivo municipal de Beja abandonaram a reunião deste órgão realizada na quarta-feira, em protesto contra a ausência de informação, que tinham solicitado, sobre as dívidas a fornecedores. 
 
Os dados foram pedidos antes da reunião de câmara de 28 de Agosto, mas o presidente da autarquia, Jorge Pulido Valente (PS), respondeu que não tinha os elementos solicitados, uma vez que a vereadora Cristina Valadas, que detém o pelouro das Finanças, estava de férias. Mesmo assim, sugeriu que os vereadores consultassem os serviços municipais para obter a informação, comprometendo-se também a facultar os elementos na reunião desta semana. 
 
Miguel Ramalho, um dos eleitos da CDU, disse ao PÚBLICO que a informação proporcionada depois pelos serviços era "muito escassa" e que Pulido Valente, na quarta-feira, acabou por não trazer mais nada. Adiantou apenas que a informação seria facultada "à medida que estivesse disponível", repetindo que Cristina Valadas continuava de férias. 
 
A oposição não aceitou as explicações e abandonou a reunião, provocando falta de quórum. Ficaram na sala, em minoria, o presidente e dois eleitos do PS, que lamentaram a atitude dos comunistas porque havia "propostas importantes e urgentes" para aprovar. Pulido Valente insistiu em que foram fornecidos os documentos que "estavam disponíveis". 
 
Por outro lado, afirmou, a lei confere um prazo para resposta que "está longe de estar esgotado". O autarca acusou os seus opositores de pretenderem "criar artificialmente um caso político em período de pré-campanha eleitoral", sustentando que a atitude dos vereadores da CDU "não é legítima, nem correcta" mas "é reveladora de terrorismo político". 
 
O objectivo dos vereadores comunistas consiste em provar que, ao contrário do que afirma o PS, a dívida da câmara a fornecedores é superior (5,7 milhões de euros) à que foi deixada pela CDU, quando perdeu as eleições em 2009 (5,5 milhões). 
do jornal Público
 

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