segunda-feira, 18 de março de 2019

Portalegre - Carta Aberta pela preservação do Património Industrial Corticeiro da Fábrica Robinson

Os Verdes enviaram hoje uma Carta Aberta à Presidente da Câmara de Portalegre e ao Presidente do Conselho de Administração da Fundação Robinson a questionar sobre medidas tomadas para preservar o Património Industrial Corticeiro da Fábrica Robinson.

CARTA ABERTA

Ex.mos Senhores

Depois da infeliz e despropositada intervenção de derrube de um dos edifícios da Fábrica Robinson, numa clara violação da Lei, tal como sempre afirmámos e como foi agora confirmado pela Direção Geral da Cultura (DGC), urge pôr fim a esta postura de desleixe e abandono deste património classificado e dar passos concretos e eficazes na direção da sua preservação e valorização, indo ao encontro da vontade expressa pelos portalegrenses através da entusiasta adesão às iniciativas promovidas pel´ Os Verdes e pela própria Assembleia da República ao aprovar unanimemente a Resolução N.º 70/2018.

Só esses passos concretos justificarão a continuação da existência de uma Fundação que, ao longo destes 14 anos, pouco ou nada fez no sentido de gerir as verbas, hoje escassas (embora nem sempre assim o tenha sido), destinadas à “preservação de espólios: do arqueológico-industrial da Sociedade Corticeira Robinson Bros S.A.; e de qualquer outro espólio cuja preservação lhe seja confiada.…”.

Dentro do espírito que tem pautado a preocupação e a luta do PEV na defesa deste valiosíssimo património, continuaremos empenhados, sem dar tréguas, em pressionar as mais diversas entidades, com o objetivo de manter o que está ainda de pé e para que não haja pretextos para mandar mais nada abaixo, nem que nada seja desviado para fins alheios à salvaguarda da memória industrial dos portalegrenses.

Diligenciámos para encontrar meios financeiros para realizar as intervenções mais urgentes de preservação do edificado e, nesse sentido, reunimos com a Ministra, com a Secretária de Estado e com a Diretora Regional de Cultura do Alentejo. Nestas diligências ficámos a saber da possibilidade real de a Câmara, de forma coordenada com a Fundação, poder apresentar uma candidatura ao abrigo do Programa 20/20, antes de 30 de abril, à CCDR, servindo-se dos 20.000 euros que o Ministério da Cultura transferiu para a Fundação em 2015, que até agora não foram usados, como a parte (15%) da comparticipação nacional necessária. Esta candidatura permitirá ir buscar um total de 133 000 euros para usar em obras urgentes de manutenção do edificado da fábrica para impedir que novas situações de degradação possam vir a ocorrer e que a musealização deste espaço possa vir a ser posta em causa.

Ficámos ainda a saber que não tinha sido até ao momento apresentado, à tutela da cultura, qualquer plano estratégico de intervenção para o espaço Robinson.

Atendendo a que esta informação foi dada a conhecer à senhora Presidente da Câmara, na última reunião de Assembleia Municipal, em 22 de fevereiro de 2019, pela Dirigente de Os Verdes, Rosário Narciso, eleita pela CDU neste órgão, e que a proposta de Contrato-Programa entre a Câmara e a Fundação só prevê para a Robinson 120.000 euros, verba que só faz face às despesas com os trabalhadores e pouco mais, quando este contém um vasto levantamento de pequenas obras essenciais, gostaríamos de saber que medidas tomou a senhora presidente da Câmara Municipal, presidente também do Conselho de Curadores, para:

- que a fábrica Robinson possa vir a usufruir de fundos comunitários para a recuperação de espaços no âmbito do programa 20/20;
- para a elaboração do plano estratégico de intervenção, discutido com a população e com as entidades vivas, antes que seja posta em causa a musealização do espaço, sendo que no Contrato-Programa surge já uma proposta desgarrada de residência de estudantes num dos edifícios que pode vir a ser fundamental para o museu.

Os Verdes preocupam-se e não querem deixar avançar a situação de descuro a que a Fábrica Robinson tem sido votada.

Senhora Presidente, sente os vários parceiros à mesa, ouça a população e empenhe-se na melhor solução para a proteção e valorização do património da Fábrica Robinson, pertença dos portalegrenses. Queremos ver Portalegre a crescer e sabemos que a Fábrica da Rolha poderá oferecer um forte impulso para que tal aconteça.

Estaremos sempre dispostos a ser parte da solução!

quinta-feira, 14 de março de 2019

Ecolojovem Os Verdes apoia Greve Climática Estudantil - 15 de março


As alterações climáticas são cada vez mais evidentes e os seus efeitos no Planeta, nos ecossistemas e nos seres humanos cada vez mais preocupantes. Ação urgente é necessária para travar e minimizar os seus efeitos. Ação urgente é necessária para nos adaptarmos. As futuras gerações serão as grandes vítimas daquilo que fazemos ao Clima.

É com esta grande preocupação que os jovens de hoje se estão a mobilizar para exigir ação para travar e mitigar os efeitos das alterações climáticas. A greve climática estudantil convocada para o próximo dia 15 de Março é reflexo dessa exigência de ação.

A Ecolojovem Os Verdes, não pode deixar de estar de acordo com esta mobilização e apoiá-la. Membros da Ecolojovem – Os Verdes participarão nas várias marchas que se projetam para diferentes pontos do país com o objetivo de obrigar o Governo a tomar medidas essenciais para que se resolva a crise climática que atravessamos e garantindo que ainda é possível minimizar a situação de modo a que a vida na Terra não altere drasticamente a sua maneira de ser.

Os jovens ecologistas lutam há 30 anos para sensibilizar as populações para as questões ecologistas incluindo as alterações climáticas e os seus efeitos devastadores no nosso planeta, no clima, na biodiversidade, na saúde e nos mais variados setores da sociedade que se ressentem com estas alterações.

Temos encetado as mais variadas campanhas de modo a exigir junto das tutelas responsáveis não só uma mudança de comportamentos, mas igualmente um comprometimento com o respeito pelo ambiente e no cumprimento da Constituição da República Portuguesa que determina que todos temos direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado. 

No entanto, não deixamos de ter em mente que a Ecolojovem pugna pelo fim do capitalismo como modelo económico por considerar que este modelo serve apenas os interesses do lucro, através da promoção de um consumo rápido que esgota recursos e polui o nosso ambiente. Acreditamos que as políticas verdadeiramente ambientais não podem ser apenas políticas de “green washing” para alívio de consciências e sim, políticas integradas que alterem todos os setores de modo a que o ambiente não seja colocado ao serviço do grande capital e que não seja apenas tido em consideração quando dá lucro.



sábado, 9 de março de 2019

8 e 9 - “Pelo Futuro do Interior – Travar o Olival Super- Intensivo e Avançar com a Ferrovia”

No início das Jornadas Parlamentares do PEV verifica se logo atrasos dos comboios, devido a avaria de automotora. Prejuízo para as populações! Viagem de comboio Lisboa a Beja , 1 hora de atraso!


Depois de reunir com o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos de Beja, o PEV reúniu com a associação AmAlentejo e Beja Merece Mais para discutir sobre os problemas com se debatem as populações do distrito de Beja.



O segundo dia das Jornadas Parlamentares de Os Verdes começou às 9.00h com uma reunião na Câmara Municipal de Serpa, concelho também afetado pela cultura do olival e amendoal intensivo. 

Seguiu-se um encontro com a “Associação Ambiental de Amigos das Fortes” e com a população que há muito se confronta com os odores intensos e a libertação de partículas da fábrica de transformação de bagaço de azeitona. Fez-se, ainda, um percurso pelo olival intensivo com partida junto á Câmara de Ferreira do Alentejo. 



No final das Jornadas, realizou-se uma conferência de imprensa para balanço e apresentação das conclusões, que se realizou na Sala de reuniões do Hotel Francis- Praça Fernando Lopes Graça, em Beja


OsVerdes querem que o olival intensivo deixe de receber apoios públicos, mais fiscalização quanto à laboração e quantos aos efeitos dos pesticidas nos solos e nas linhas de água e o afastamento das culturas intensivas, e superintensivas, das zonas habitacionais e estabelecimentos de ensino, cumprindo um distanciamento mínimo.