terça-feira, 29 de maio de 2012

“Os Verdes” querem direito humano à água e ao saneamento garantido pelo Governo



“Os Verdes” querem direito humano à água e ao saneamento garantido pelo Governo.
No quadro do seu agendamento potestativo, “Os Verdes” entregaram na Assembleia da República um Projeto de Resolução que procede a um conjunto de recomendações ao Governo que garantam o direito humano à água e ao saneamento, uma iniciativa que será discutida no Parlamento na próxima quinta-feira, dia 31 de Maio.
Face à ânsia pela apropriação do recurso natural água, por parte de agentes privados, e ao poder que confere a sua gestão a quem a detém, nomeadamente em termos de soberania nacional, o PEV considera que este recurso estratégico deve manter-se nas mãos do Estado. A privatização da água, anunciada discretamente pelo Ministro das Finanças e depois confirmada pela Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, comporta enormes perigos de ordem ambiental e de ordem social que urge evitar e travar.
“Os Verdes” reafirmam que a água é um direito, não é uma mercadoria. A lógica de mercantilização e de lucro não se adequa à gestão de um direito fundamental e é no quadro de uma posição proactiva contra esta mercantilização que o PEV entrega no Parlamento uma iniciativa legislativa que recomenda ao Governo a manutenção na esfera pública dos sistemas associados ao abastecimento de água e saneamento. “Os Verdes” recomendam ainda que seja garantido o acesso universal das populações à água, que os modelos de gestão deste recurso visem a sua preservação e também que sejam eficientes de modo a que o custo da água seja o mais baixo possível. O Governo deve proceder, ainda, à implementação urgente do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água.


Por último, “Os Verdes” pretendem que o Governo português proponha e apoie, na Conferência Rio+20 (a decorrer no final do próximo mês de Junho no Brasil), a Resolução da Assembleia das Nações Unidas sobre o direito humano à água e ao saneamento e também que, na mesma Conferência, se oponha a qualquer tentativa de se imporem mecanismos de mercantilização e de privatização da água, como tem tentado o Conselho Mundial da Água.




sábado, 19 de maio de 2012


RIO +20, mais uma oportunidade para a mudança necessária


A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) que decorrerá de 13 a 22 de Junho deste ano, no Rio de Janeiro, assinala os 20 anos da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Rio-92) e terá como temas principais a aposta na "economia verde" para erradicar a pobreza e a determinação de metas ao nível institucional para o desenvolvimento sustentável.

Considerando que há 20 anos a “Conferência do Rio” constituiu um passo de elevada importância na integração das políticas ambientais ao nível global, introduziu o conceito de desenvolvimento sustentável nas políticas nacionais e alertou para a urgente necessidade de se alterar profundamente os padrões de consumo e produção nos países mais desenvolvidos, sob pena da vida no Planeta se tornar insustentável.
Da Conferência do Rio saíram importantes painéis que hoje norteiam em muito as políticas e programas ambientais nomeadamente a protecção da biodiversidade, alterações climáticas e desertificação de onde emergiram vários programas pela protecção das espécies e habitats, assim como o Protocolo de Quioto como forma de combate ao fenómeno das alterações climáticas.

Considerando que o primeiro período de cumprimento do Protocolo de Quioto está a finalizar (2008-2012) e que durante este tempo, as emissões de gases com efeito de estufa a nível global, deveriam ter reduzido mais de 5%, mas o que efectivamente aconteceu foi o inverso, visto que só de 2009 para 2010 as emissões de gases com efeito de estufa aumentaram, globalmente, 6%.

Considerando ainda que da 17ª Conferência das Partes para as Alterações Climáticas, que decorreu em Durban em Dezembro de 2011, à semelhança do que aconteceu nas anteriores de Copenhaga e Cancún, pouco se evolui em relação às metas de Quioto e principalmente no que fazer após Quioto.

Considerando que vários estados, ao não assumirem a dimensão ambiental e energética desta crise global, se têm vindo a descomprometer com os objectivos do protocolo de Quioto.

Considerando que a pretexto das crises financeira e económica os diversos estados forçam adiar o inadiável combate às alterações climáticas e a protecção dos habitats.

Considerando que a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) representa, uma maior oportunidade para, de forma integrada e eficaz, conseguir-se um verdadeiro compromisso dos diversos estados no desenvolvimento sustentável, integrando as políticas ambientais, económicas e sociais.

O Partido Ecologista "Os Verdes" delibera:

1 - Ser necessária uma transformação política e social ao nível nacional e internacional que nos permita alcançar os objectivos fundamentais da igualdade, justiça social e democracia, condições fundamentais para um desenvolvimento sustentável;

2 – Reafirmar a importância da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável no Rio de Janeiro para um compromisso íntegro na defesa e resolução dos problemas ambientais globais como, por exemplo, as alterações climáticas, a desertificação e a perda de biodiversidade, e por isso insistir na centralidade desta questão na política internacional e nacional;

3 – Exigir que as questões do ambiente e da conservação da natureza se mantenham na agenda das prioridades e que contribuam para o combate à crise económica e social, criando oportunidades de repensar o desenvolvimento sem que haja a permanente necessidade de crescimento, mas antes de promoção da sua sustentabilidade e da qualidade de vida das populações;

4 – Exigir do Governo Português um empenhamento no cumprimento dos compromissos assumidos, quer com Quioto quer com a protecção dos habitats e das espécies assim como o efectivo respeito e cumprimento do artigo 66º da Constituição da República Portuguesa de modo a assegurar o direito ao ambiente no quadro de um desenvolvimento sustentável;

5 – Exigir do Governo Português o seu empenhamento na Conferência do RIO + 20 para que os estados consigam ultrapassar o impasse de Quioto e do pós Quioto, de desenhar cenários mais ambiciosos de redução destes gases por parte da comunidade internacional, assim como assumir a erradicação da pobreza como prioridade.

Lisboa, 19 de Maio de 2012.
XII Convenção do Partido Ecologista “Os Verdes”

sexta-feira, 18 de maio de 2012

DESEMPREGO



Os números de desemprego ontem, dia 16 de Maio, divulgados pelo INE são rigorosamente dramáticos. 14,9% de desemprego declarado, sendo que o desemprego jovem já ultrapassa os 36%, (mais de 1/3 dos jovens quer trabalhar e não encontra, no seu país, como fazê-lo!). Isto não é presente, nem futuro para ninguém!!
Estes números representam famílias em desespero, num drama desgraçado, a perder modo de subsistência, a perder autonomia, em suma, a perder liberdade!
Se juntarmos a estes números as previsões que o próprio FMI e a Comissão Europeia, (membros da Troika), fazem para Portugal nos próximos tempos, tudo isto se torna um drama estrutural! E a pergunta que se impõe é: como é possível uma insensibilidade humana tal, que os leva a insistir numa austeridade que é a geradora justamente destas consequências? Como???
Mas dramática é também a reação do 1º Ministro de Portugal, que perante os níveis assustadores de desemprego, considera que perder o trabalho é uma oportunidade que se abre na vida! Acrescenta que se deve retirar o estigma dos desempregados! Esta faz-me lembrar aquela tendência que hoje o capitalismo usa, que é chamar aos trabalhadores “os colaboradores”. O 1º ministro talvez gostasse de começar a chamar aos desempregados “os repletos de oportunidades”!... 14,9% de pessoas com uma imensa oportunidade na vida...é pouco????
Tudo isto é de uma insensibilidade arrogante, é um cúmulo inaceitável e é a confirmação que o Governo não prepara nada, nada para combater eficaz e urgentemente o desemprego!
O desafio que o PEV propõe é que no próximo debate quinzenal o 1º Ministro leve à Assembleia da República uma estratégia clara e direta de combate ao desemprego!
Heloísa Apolónia
Deputada de "Os Verdes" eleita pelo Sistrito de Setúbal
17-05-2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012




Ordem de Trabalhos da XIIª Convenção


ORDEM DE TRABALHOS
DA XII CONVENÇÃO DO PARTIDO ECOLOGISTA “OS VERDES”

DIA 18 – Sexta-Feira:
20H00 - Recepção dos Delegados, Participantes e Convidados.
21H00 - Início dos Trabalhos
- Saudação de Boas Vindas
- Eleição das Mesas da Convenção
21H45 - Aprovação do Regulamento e O.T. da Convenção.
- Eleição do Secretariado.
- Eleição da Comissão de Redacção.
22H00 - I. Abertura: Balanço da Intervenção política no Quadro da Conjuntura Nacional e Internacional
- Debate
00H00 - Suspensão dos trabalhos

DIA 19– Sábado:
10H00 - II. Apresentação, Debate e Votação das propostas de alteração aos Estatutos.
10H30 - III. Apresentação, debate e votação das Moções Sectoriais.
11H45 - IV. Eleição dos Órgãos Nacionais: Abertura.
13H00 - Pausa para Almoço
15H00 - V. Apresentação e Debate das Moções de Acção Política.
16H30 - VI. Eleição dos Órgãos Nacionais: Encerramento da Votação.
17H00 - VII. Votação das Moções de Acção Política.
17H30 - VIII. Informação do apuramento das eleições dos órgãos.
18H00 - IX. Sessão de Encerramento



sexta-feira, 4 de maio de 2012



VERDES QUESTIONAM GOVERNO SOBRE A VIGILÂNCIA NA ZONA COSTEIRA PORTUGUESA

O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, sobre a insuficiente vigilância nas zonas de pesca na Zona Económica Exclusiva portuguesa, que tem deixado os recursos naturais nas mãos de piratas, pescadores ilegais e arrastões de pesca.
A Politica do Governo tem vindo perigosamente a desfalcar de meios as nossas forças Policiais e Marítimas. Portugal tem a 10ª maior ZEE do planeta. O território Marítimo Português tem 14.9 vezes o tamanho do terrestre, uma gigantesca porta de entrada ao Trafico de todos os géneros ilícitos. Esta política de abandono, de completo desprezo pelos nossos recursos naturais, deixando-os nas mãos de piratas, pescadores ilegais e imorais arrastões de pesca, que destroem tudo à passagem, arruinando o nosso ecossistema, retirando desta forma a possibilidade de pesca aos nossos pescadores, obrigando assim a importar pescado sem necessidade.
As compras feitas no passado pelo governo vieram a revelar-se um dos maiores erros estratégicos, sem qualquer utilização prática para a defesa da nossa costa, com custos colossais e ainda não totalmente explicados, de que é exemplo a aquisição dos Submarinos.
Atualmente, continuamos a ver a nossa frota navegar pelo globo perseguindo “piratas” em locais tão distantes que a maior parte dos Portugueses tem dificuldade em localizar no mapa e, segundo declarações de alguns Almirantes, sem grandes condições para percorrer as gigantescas distâncias exigidas devido à idade avançada desses barcos.
No entanto, este governo despreza por completo a nossa costa, aqui a nossa, a nossa maior riqueza. Continua a aparecer nas nossas praias crude, que deixa sobre suspeita os Petroleiros que passam ao largo da nossa costa. Os cortes das verbas chegam ao ponto dos Navios de fiscalização ficarem em terra para não gastarem combustível por imposição do governo. É o caso das embarcações de fiscalização do Porto de Peniche que ficaram praticamente inativas durante meses, bem como o Único ponto de vigilância terrestre na zona de Peniche localizado Junto ao Forte de Paimogo, que está praticamente desativado.
Este importante Posto, devia estar equipado com Posto de observação Yuval e radar fixo, mais um investimento que não se conhece o valor. As torres encontram-se sem o equipamento, o radar inoperacional, assim com as instalações em grande parte destruídas e ao abandono. A falta de equipamento, o congelamento das carreiras, a não integração de todos os militares no novo quadro remuneratório e as situações degradantes, colocam os agentes e militares em moral baixa, que mesmo assim vão cumprindo o dever com grande espirito de sacrifício.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exª A Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte Pergunta, para que o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território me possa prestar os seguintes esclarecimentos:

1 – Considera o Governo, tendo presente a falta de equipamento em Paimogo e sem instalações condignas para os Agentes, que está assegurada a vigilância que protege da Pesca Ilegal e outras entradas ilícitas?
2 – Pondera o Governo repor os aparelhos de vigilância em Paimogo? Para quando?
3 – Uma vez que o Porto de Peniche tem uma enorme área de fiscalização, mas tem apenas uma embarcação de Mar, já que a segunda é uma embarcação para águas interiores, que medidas pondera o Governo desencadear com vista a proteger de facto os nossos recursos naturais?
4 – Quais os meios operacionais para fiscalizar e impedir as lavagens dos tanques de Petroleiros que destroem com manchas de crude a nossa costa?

quarta-feira, 25 de abril de 2012





Intervenção - Sessão Solene do 38º Aniversário do 25 de Abril
Intervenção do Deputado José Luís Ferreira


No momento em que assinalamos os 38 anos do 25 de Abril de 74, as primeiras palavras vão para os Capitães de Abril, mas também para todas as mulheres e homens que, acreditando em causas e valores, se juntaram aos militares e juntos fizeram a revolução dos cravos, pondo fim a uma ditadura de quase meio século, a um regime sombrio, que censurou os portugueses, que fez a guerra do ultramar, que semeou a miséria e a ignorância, que perseguiu, que reprimiu, que torturou. Um regime que fez isto e muito mais ao nosso povo, obriga-nos a dizer: fascismo nunca mais.

Porque foi para isso que se fez Abril, para por fim ao fascismo, para o remover do nosso destino coletivo. E a adesão massiva dos Portugueses à Revolução tem um motivo, os ideais de Abril estavam, e estão, em sintonia com os interesses dos portugueses.

A Revolução de Abril é a prova, o testemunho, de que quando se age a pensar no povo, temos o povo do nosso lado. Um povo que sonhou com um País melhor e por isso elegeu a constituinte para elaborar uma Constituição que garantisse direitos aos cidadãos, que consagrasse os ideais de Abril, que garantisse a justiça social, e que vinculasse os Governos nas suas opções, a Governar em sintonia com os interesses do povo.

Trinta e oito anos passaram e, se muito se conseguiu, do imenso Abril, que Abril nos ofereceu, também é verdade que muito deixou de ser feito. Mas pior do que o que ficou por fazer, é constatar que hoje vivemos um retrocesso no caminho que foi sendo construído tendo Abril como horizonte.

Não estranha por isso a onda generalizada de indignação e descontentamento que hoje inunda o País. O motivo só pode ser um: os Governos desviaram-se dos ideais de Abril, não cumpriram a Constituição. Os Governos, sobretudo o atual, porque nenhum foi tão longe, não está a garantir os direitos dos cidadãos, não está a Governar em sintonia com os interesses do povo.
Vamos aos factos:

Equidade e justiça fiscal:

Dezembro de 2010, PS, PSD e CDS permitiram que os acionistas das grandes empresas procedessem à distribuição antecipada de dividendos com o único propósito de não pagar impostos. Só no caso da PT deixaram de entrar nos cofres do Estado cerca de 250 milhões de Euros, o equivalente ao que o governo estimava arrecadar em 2011 com os cortes nos abonos de família.
Este ano, como nos anteriores, os mesmos partidos permitiram que grandes empresas como o Pingo Doce se colocassem como não residentes, para não pagarem impostos.O mesmo se diga das propostas para acabar com os paraísos fiscais, a tributação das grandes fortunas ou a proposta para colocar a banca a pagar a mesma taxa de IRC que as pequenas e médias empresas.
A tudo isto, disseram não.

Foi mais fácil cortar nos apoios sociais ou retirar o subsídio de férias aos portugueses. Ou seja, os Governos, mas sobretudo este, têm vindo a poupar a tributação dos rendimentos do capital para colocar todo o esforço fiscal nos rendimentos do trabalho.

E isto não é Governar a pensar no povo, sobretudo quando olhamos para a situação das famílias portuguesas e para os lucros fabulosos dos grandes grupos económicos. Enquanto a generalidade dos Portugueses leva com o aumento do IVA, do IRS, os cortes salariais, o congelamento das Reformas e Pensões, o corte nos apoios sociais, as restrições ao subsídio de desemprego, o esbulho do 13º mês e do subsídio de férias, e por aí fora, outros engordam com a crise, ao ritmo de 4 milhões de euros por dia, pagando uma ninharia em termos de impostos.

Isto não é governar em sintonia com os ideais de Abril.

Mas para além da imoralidade fiscal instalada, temos ainda de somar os negócios que os Governos têm vindo a fazer. Falamos da delapidação do nosso património coletivo, através das privatizações, mas também dos direitos especiais que o Estado detinha em empresas estratégicas, que o Governo entregou de mão beijada, sem nada receber.

Dos Fundos de pensões, que podem ser um bom negócio para a Banca, mas são desastrosos para o país. Das Parcerias Público Privadas que absorvem milhões e milhões de euros dos contribuintes. Do BPN, que enquanto deu lucro, os acionistas arrecadaram, engordaram, ninguém deu por eles, mas quando deu prejuízo, o Governo chamou os portugueses a tapar o buraco.

Isto não é Governar a pensar nas pessoas.

Depois, a Constituição incumbe ao estado a execução de políticas de pleno emprego. Mas em Portugal, mais de um milhão e duzentos mil portugueses não têm emprego.

E o que faz o Governo? Primeiro sugere a emigração e depois, em vez de combater o desemprego, promove o despedimento, torna-o mais fácil e mais barato, como sucedeu recentemente com as alterações à legislação laboral.

Pior, é que 70% dos desempregados não têm acesso ao subsídio de desemprego. Aumenta o número de casais desempregados, com milhares de famílias empurradas para uma situação de verdadeira miséria. O Salário Mínimo Nacional, tem hoje um valor abaixo do limiar da pobreza. O Governo suspende as reformas antecipadas, aumentando o risco de despedimentos coletivos. Altera o regime do Rendimento Social de Inserção penalizando as famílias mais numerosas. Emagrece as prestações em caso de doença; Altera as regras da condição de recursos para limitar o acesso às prestações socias.

Por cada dia que passa, 25 famílias vêem-se obrigadas a entregar as suas casas aos bancos. A falência de pequenas e médias empresas sucedem-se a um ritmo assustador. E para surpresa de todos, o Governo ainda faz um balanço positivo da ingerência da Troika nos nossos destinos.

Na Saúde, os cortes e o encerramento de serviços é quem mais ordenam. Ao contrário do que diz a Constituição, a saúde deixou de ser para todos, os ricos têm médico privado e os pobres ficam privados de médico.

Os Portugueses pagam hoje mais impostos, ganham menos e quando precisam do Estado, o Estado não está presente.

Por semana são às centenas os estudantes que abandonam o Ensino, por dificuldades económicas, outros tantos são excluídos das residências universitárias porque não conseguem pagar.

Nos transportes, o Governo acaba com o passe social, inflaciona os títulos de transporte, empurrando as pessoas para fora dos transportes públicos, com todas as implicações que daí decorrem em termos de emissão de gases com efeitos estufa. A mobilidade está a deixar de ser um direito das populações.

O acesso às áreas protegidas começa a ser vedado às pessoas, só pagando. E nem o sector da água escapa à gula do sector privado. O Governo prepara-se para proceder à privatização deste sector fundamental à vida.

Por outro lado, assistimos ao enfraquecimento da nossa democracia, o que se torna visível, não só com a transferência de soberania em matérias orçamentais, que decorre do tratado Orçamental, imposto pela Alemanha, mas também com a extinção de freguesias, que a Troika impôs e que o Governo se apressou a cumprir.

Para terminar, Srª Presidente,

É verdade que vivemos uma crise, mas também é verdade que os povos em nada contribuíram para ela. À semelhança do que se passou com o caso BPN, para o qual os contribuintes portugueses em nada contribuíram, mas foram obrigados a tapar o buraco, assim está a ser a resposta à crise.

É por isso que as dificuldades, a angústia e o medo estão a tomar conta dos Portugueses. E o motivo é só um, o Governo não está a governar para o povo, está a governar para os mercados e para os grandes grupos económicos.

Daí que “Os Verdes” considerem importante a participação dos portugueses nas comemorações do 25 de Abril, que hoje decorre por todo o País. Será uma forma do povo lembrar ao Governo que há mais mundo para além da Troika, dos mercados e dos grandes grupos económicos,

Mas será também a oportunidade de dizer: tolerância zero para quaisquer indícios de fascismo.

Resgatemos Abril para Portugal.
Viva o 25 de Abril!





PARTIDO ECOLOGISTA "OS VERDES" ESTARÁ PRESENTE NA OVIBEJA

O Partido Ecologista “Os Verdes” estará presente na OVIBEJA, que inaugura amanhã, dia 27 de Abril, com um expositor dedicado à XII Convenção Nacional do PEV (que se realiza a 18 e 19 de Maio), e também com distribuição de documentação e de materiais relativos à atividade local e nacional do partido.

Também amanhã, sexta-feira, se realizará em Beja a reunião do coletivo regional do Partido Ecologista “Os Verdes”, pelas 21.00h, uma reunião que contará com a participação da Deputada Heloísa Apolónia e que terá como principal objetivo a preparação da XII Convenção.

No sábado, 28/04, uma delegação do PEV, que inclui a deputada ecologista e o dirigente nacional do coletivo regional de Beja, Afonso Henriques, fará uma visita ao Museu Regional de Beja, para se inteirar das condições em que se encontram os seus trabalhadores. “Os Verdes” darão conta das conclusões deste encontro à entrada do Museu, pelas 10.45h.

A mesma delegação do PEV, visita a OVIBEJA também no sábado, pelas 11.00h, com declarações à imprensa às 11.15h no expositor de “Os Verdes”.

“Os Verdes” convidam todos os visitantes da OVIBEJA a conhecer o seu stand e a participar activamente nas campanhas propostas pelo PEV.

PROGRAMA
27 de Abril
21.00h – Reunião do Coletivo Regional de Beja
28 de Abril
10.00h – Reunião no Museu Regional de Beja
11.00h – Visita à Ovibeja

O Coletivo Regional de Beja do Partido Ecologista “Os Verdes”

terça-feira, 24 de abril de 2012


ABANDONO DO ENSINO SUPERIOR E EXPULSÃO  RESIDÊNCIAS


“Os Verdes” querem números concretos quanto a esta preocupante realidade

A Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério da Educação e Ciência, sobre o abandono de estudantes do ensino superior por falta de condições económicas, uma realidade extremamente preocupante que se tem vindo a intensificar. A deputada ecologista questiona ainda sobre a expulsão de estudantes de residências universitárias por falta de pagamento das mensalidades.
Pergunta:
O abandono de estudantes do ensino superior, por manifesta falta de condições económicas para prosseguir os seus estudos, é uma realidade que se está a intensificar, segundo nos relatam diversos agentes das comunidades universitárias do país. Esta situação é resultado das políticas estranguladoras de capacidade de “sobrevivência” de muitas famílias, mas também de uma lei, com implicação direta na atribuição de bolsas de estudo, que reduziu o número de alunos com acesso às mesmas.

O Governo continua, contudo, insistentemente a referir que não tem números concretos sobre essa realidade de abandono do ensino superior. Ora, é este desconhecimento, que julgo até desejado pelo Executivo, que vai conformando e justificando a sua falta de intervenção, perante uma realidade absolutamente preocupante, não apenas para os estudantes em causa, mas também para o país que nega aos seus elementos capacidade de formação e qualificação, indo, inclusivamente, contra o princípio constitucional de que ninguém pode ser discriminado em função da sua condição económica.

Houve, entretanto, denúncias públicas sobre a dificuldade de pagamento de mensalidades relativas a residências universitárias, tendo até a Cáritas afirmado que há estudantes a ser expulsos de certas residências universitárias por não pagamento das mensalidades devidas. Certo é que diversos responsáveis pelos serviços sociais de várias universidades portuguesas, não confirmando o facto de ter havido estudantes expulsos de residências universitárias, confirmam, contudo, que o número de estudantes com pagamentos em atraso, e manifesta dificuldade em proceder a esse pagamento, é cada vez maior.

Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exa A Presidente da Assembleia da República que remeta ao Ministério da Educação e da Ciência a presente Pergunta, de modo a que me possa ser facultada a seguinte informação:

1. Que medidas está o Ministério a tomar no sentido de conhecer a realidade do abandono do ensino superior, designadamente aquela que resulta de dificuldades económicas?

2. Que palavras/justificação/recomendação dirigiria o Ministério da Educação a um estudante que abandona o ensino superior por carências económicas (tendo sempre em conta o texto da Constituição da República Portuguesa)?

3. Há algum(uns) estudante(s) expulso(s) de uma residência universitária pelo facto de não ter(em) procedido ao seu pagamento? Se sim, onde?

4. Que conhecimento tem o Governo da realidade do atraso de pagamento de mensalidades de residências universitárias por parte de estudantes do ensino superior? É uma realidade crescente?


O Grupo Parlamentar “Os Verdes”

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Encerramento de estação dos correios em Safara (Moura) motiva pergunta de “Os Verdes”
no Parlamento


 

O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério da Economia e do Emprego, sobre o encerramento da estação de correios de Safara, Concelho de Moura, privando os seus habitantes do acesso a um direito básico, o direito ao serviço postal.
PERGUNTA:
Os CTT encerraram no dia 26 de Setembro de 2011 a estação de correios em Safara, Concelho de Moura, e parte dos serviços foram agenciados a um privado. O edifício onde funciona a estação dos correios em Safara é propriedade dos CTT, foi alvo de beneficiação em 2011 e hoje encontra-se encerrado. Os funcionários foram deslocados para outras estações, julgando nós que com acréscimo de custos para os CTT e fica por saber o montante dos custos relativos ao agenciamento com o privado que agora presta parte do serviço.
Todo este processo foi feito sem audição dos interessados, população de Safara e autarquias, e vai contra o contrato estabelecido, de serviço público, entre os CTT e o Estado Português. Neste momento a população de Safara põe em causa a manutenção do sigilo das suas comunicações postais, dos seus relacionamentos oficias e ou comerciais, bancários, poupanças entre outros, quando era reconhecido o trabalho de excelência dos profissionais que operavam na estação de correios de Safara.
Hoje, e pelas razões anteriormente apontadas, o serviço postal em Safara não é universal. É importante relembrar que a maioria da população é idosa, que os transportes são quase inexistentes, o que torna muito difícil a deslocação das pessoas até à estação de correios mais próxima.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exª A Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte Pergunta, para que o Ministério da Economia e do Emprego me possa prestar os seguintes esclarecimentos:

1 – Que motivos levaram ao encerramento da estação dos correios de Safara?

2 – Que razões justificam o fato do Ministério da Economia e do Emprego não ter respondido aos pedidos de esclarecimento, nomeadamente da Junta de Freguesa de Safara, sobre o assunto?

3 – Qual o valor do contrato de agenciamento e quais os custos adicionais que os CTT têm com os trabalhadores deslocados que prestavam serviço em Safara?

4 – Estão os CTT a ponderar reabrir a estação de correios de Safara e assim prestar o serviço público que estão obrigados contratualmente?

O Grupo Parlamentar “Os Verdes”

domingo, 22 de abril de 2012




“Os Verdes” questionam Governo sobre situação dos professores contratados


A Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério da Educação e Ciência, sobre a situação em que se encontram os professores contratados.
Pergunta:
A situação em que se encontram professores contratados há mais de 10, 15 ou 20 anos é de uma profunda desumanidade! São profissionais integrados no sistema de ensino como se tivessem a assegurar necessidades transitórias das escolas, quando, como toda a gente sabe, asseguram necessidades permanentes, quantas vezes, por décadas!
O PEV tem insistentemente colocado a necessidade de abertura de vagas nos quadros para professores que se encontrem nesta situação, vinculando os professores contratados, o que beneficiaria a estabilidade do próprio sistema de ensino, bem como a justa estabilidade de vida destes trabalhadores.
O Governo anunciou que abriria concurso no ano de 2013, sem ter contudo dado uma perspetiva do número de vagas. Tendo em conta experiências anteriores, se o número de vagas for de tal modo reduzido, o problema mantém-se praticamente à mesma dimensão e com as mesmas consequências.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exa A Presidente da Assembleia da República que remeta ao Ministério da Educação a presente Pergunta, de modo a que me possa ser prestada a seguinte informação:
1. Qual o número de professores contratados com mais de 5 anos e menos de 10 anos de serviço?

2. E qual o número destes docentes com 10 ou mais anos de serviço?

3.Como define o Governo “necessidades permanentes” das escolas? E "necessidades transitórias"?

4. Pode o Ministério enviar-me todos os horários anuais completos que foram requisitados pelas

escolas até 31 de dezembro, nos últimos 3 anos?

5. Qual a visão estratégica que o Governo tem sobre a escola pública, concretamente sobre o

rácio professores contratados / professores do quadro?