quinta-feira, 27 de junho de 2019

Portalegre -Os Verdes Entregaram Rolhas à Câmara Municipal -“Uma Rolha pela Fábrica da Rolha”

Ontem, Os Verdes entregaram à Presidente da Câmara Municipal de Portalegre, durante a Reunião do Executivo Municipal, que decorreu na Freguesia de Fortios, as rolhas assinadas pela população do Concelho de Portalegre em defesa da Robinson.

Nesta iniciativa estiveram presentes dirigentes e ativistas do PEV, nomeadamente a dirigente nacional Manuela Cunha.

A intervenção, no ato de entrega das rolhas assinadas, esteve a cargo da dirigente nacional do PEV e eleita na Assembleia Municipal de Portalegre pela CDU, Rosário Narciso.

Intervenção de Rosário Narciso:

Uma rolha pela fábrica da rolha
Entrega das rolhas recolhidas – 26 de junho de 2019

Boa tarde senhora presidente, senhores vereadores, senhor presidente de junta e público em geral.

Estamos aqui hoje, em nome do Partido Ecologista “Os Verdes”, mandatados pela população de Portalegre que quer ver nascer o museu da fábrica Robinson, para entregar à Senhora Presidente, que exerce também o cargo de Presidente do Conselho de curadores da fundação Robinson, cerca de 1500 rolhas de cortiça, assinadas pelos portalegrenses.

Estas rolhas foram assinadas em duas recolhas simbólicas, feitas pelos Verdes no Mercado Municipal e junto ao Centro Comercial Fontedeira, e em lojas, cafés e restaurantes que aceitaram juntar-se a esta causa.

Importa salientar que não ouvimos muitos nãos na abordagem que foi feita junto dos portalegrenses, pois é unânime o desejo de levar a efeito a musealização da Robinson.

Já é mais do que hora de atuar! O património móvel e imóvel degrada-se de dia para dia e a Resolução n.º 70/2018, onde são recomendadas medidas de preservação e valorização do património industrial da Fábrica Robinson, possibilitando a sua rentabilização como recurso de desenvolvimento para Portalegre e ao serviço dos portalegrenses, parece ter caído no esquecimento de muitos dos que a fizeram aprovar.


Tivemos este mês a visita do Senhor Presidente da República, mas todas as visitas passaram ao lado da Robinson, esta não serviu para mais do que parque de estacionamento, quando poderia ter feito parte de algum evento que recordasse a importância da recuperação destes 7 ha plenos de memória portalegrense.

Esta recolha foi terminada há já algum tempo, decidimos hoje entregar-lhe as rolhas, para que se recorde que continuamos sem conselho de administração, sem estatutos publicados e sem nenhum avanço na decisão do que se quer para aquele espaço. A Robinson é para os verdes uma luta diária. Queremos o Museu da Robinson, queremos a dignificação e proteção deste espaço. Queremos que os portalegrenses possam orgulhar-se da sua tradição de cidade industrial. Queremos que a Robinson, que já foi parte da criação de riqueza desta cidade, possa vir a sê-lo novamente, desta vez trazendo a Portalegre visitantes nacionais e internacionais que possam apreciar este espólio industrial único.

Vereadores do nosso concelho, Senhora Presidente, estas rolhas são a voz do povo que quer a musealização de tudo o que de material e imaterial resta da Fábrica Robinson. Respeitem a sua opinião. É tempo de agir!



terça-feira, 25 de junho de 2019

Portalegre - Iniciativa para Classificação do Espólio da Robinson


Ao abrigo do Artigo 6º do Decreto-Lei nº 148/2015 de 4 de Agosto, foi ontem entregue à Diretora dos Bens Culturais, na Direção Geral do Património Cultural, em Lisboa, um pedido de abertura urgente do processo de classificação de Interesse Público do espólio da antiga Fábrica Robinson, (máquinas, documentos de arquivo e todo o restante espólio que integra esta fábrica) que não ficou abrangido aquando da classificação do património edificado.

Este requerimento é subscrito por um grupo de 40 cidadãos que aceitaram o desafio lançado pelo Partido Ecologista “Os Verdes”.

O número de cidadãos convidados (40), não foi aleatório. Corresponde à altura de uma das Chaminés da Robinson (40 metros) a do “Fumo Branco”, querendo Os Verdes com esta simbologia lembrar que “fumo branco” é sinal de decisão! Decisões é o que a Robinson precisa. Nestes subscritores incluem-se pessoas de todas as idades, ativistas dos Verdes, sindicalistas, eleitos locais, antigos trabalhadores da Robinson, pessoas que têm desempenhado um papel ativo para a defesa e conhecimento deste património, como é o caso da jovem arqueóloga Susana Pacheco.

O requerimento refere que:

“A urgência desta classificação vem no seguimento da ameaça em que este património se encontra, por abandono e por acções comprometedoras da sua preservação e valorização futura, tal como aconteceu no início deste ano, com a despropositada demolição de um dos edifícios classificados da fábrica, em clara violação dos procedimentos legais e sem qualquer consideração pelo espólio que este albergava. (....)

A preservação deste património industrial como um todo (móvel e imóvel) justifica-se plenamente, não só pelo que representa para a vida da população e para o concelho de Portalegre, desde o século XIX até aos nossos dias, mas também como memória de uma indústria transformadora de uma matéria-prima endógena, ligada a uma paisagem típica da região na qual se localiza o Alentejo, e de uma atividade industrial em que Portugal teve e continua a ter um papel liderante.

Importa salientar que o património industrial não é apenas constituído por património edificado, aliás, este nem deve ser a sua principal componente. Uma antiga unidade fabril completamente desprovida do património móvel que em tempos a terá constituído, torna-se num edifício incompreensível, através do qual é impossível reconstituir a sua história e cadeia técnica. Assim, quando falamos na salvaguarda de património industrial, jamais podemos esquecer ou ignorar todo o património móvel e imaterial.

Constituem o património móvel de uma antiga unidade fabril todo o conjunto de máquinas que lá existiam, mas também ferramentas, documentos, objetos pessoais associados aos operários, mobiliário, entre tantos outros elementos. Este património permite-nos entender o funcionamento da unidade fabril, como se organizava o trabalho, as tecnologias adotadas, entre tantos outros aspetos.

Abaixo, os nomes dos 40 subscritores do Requerimento:
Maria Manuela dos Santos Ferreira Cunha
Susana Leonor Fonseca dos Santos Delicado Pacheco
Maria do Rosário Palhas Narciso
Ana Martinha Palhas Narciso
Luís Manuel Madeira Pargana
Gonçalo Manuel Delicado Pacheco
Vítor Alberto Aragonês Miranda
Andreia Miranda Fernandes Lima
Dora Sofia Mouco Assis
Maria Alice Cortes Santos
Pedro Daniel Côrtes dos Santos
Hugo Chichorro e Silva Capote
Joana Sofia Pais Rolo
Dinis Parente Pacheco
Ana Isabel Xarez Oleiro
Ana Maria Soares Lopes
Fernando Alberto Louro Almeida Pires
Alda Rosa Correia Pais
Beatriz Soares Lopes Aragonês Miranda
Jorge Miguel Mira
José António Guedelha Serrano
Maria Fernanda Cardoso Cortes Ventura
José Mário Fernandes Ventura
Adriano da Graça Mourato Capote
Maria de Fátima Tavares Chichorro e Silva Capote
Palmira Cândida Guapo Delicado Pacheco
Amândio José Valente e Valente
Ana Luísa Cayola da Mota Pinheiro
Helena Isabel Duarte Neves
Leonardo Filipe Rodrigues Esteves Rosa
Palmira Maria Ramos Mão de Ferro
Maria Odete Bagina Mão de Ferro
Isabel Cristina de Sousa Plasencia
Hermínia Maria dos Santos Rainho do Carmo
Manuel Martinho Barata do Carmo
Xavier de Bastos Mourato Nabo
Olímpia de Jesús de Bastos Mourato Nabo
Maria Celeste Carrapiço Marques
João José Romão São João
Antónia Maria Gonçalves Chambel

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Pedido de classificação do Espólio Robinson chega hoje ao Ministério da Cultura

Na sequência do apelo do Partido Ecologista Os Verdes (PEV) um conjunto de cidadãos entrega hoje, segunda-feira, dia 24 de junho pela manhã, na Direção-Geral do Património Cultural o pedido de abertura do procedimento de classificação de todo o espólio da Fábrica Robinson, como bens culturais de interesse público.

Para dar mais informação sobre esta questão, convidamos os órgãos de comunicação social, para uma conferência de imprensa, hoje 2.ª feira, pelas 16h30, no portão principal da Fábrica Robinson, em Portalegre.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

O PEV Realizou Debate de Urgência: “Travar as culturas Intensivas e Superintensivas”

Com o objetivo de solicitarem e proporem medidas para travar os impactos negativos das culturas intensivas e superintensivas, Os Verdes agendaram e realizaram hoje um Debate de Urgência na Assembleia da República, em que confrontaram o Ministro da Agricultura sobre esta prática agrícola.

Durante o debate, o deputado ecologista, José Luís Ferreira, afirmou que estas culturas potenciam a erosão dos solos, com utilização abusiva de pesticidas que tem efeitos ao nível da saúde humana e nos ecossistemas, com poluição das águas superficiais e subterrâneas, com efeitos negativos na biodiversidade, sobretudo em relação à flora que fica ameaçada. Acrescenta-se a mortandade de avifauna associada à colheita mecânica noturna, a destruição de locais com interesse cultural e as condições precárias de trabalho.

Terminou instando o Governo a dar respostas a este grave problema que começa a ser assustador e onde não pode valer tudo. A rentabilidade económica não pode ser feita a qualquer custo e a qualquer preço, é preciso olhar também para os impactos que causa.

A terminar o debate, a deputada Heloísa Apolónia, acusou o Ministro de não contribuir para um debate sério, de escamotear a realidade, de colocar as questões económicas à frente das questões ambientais e instou-o a ouvir as populações, considerando que o Governo tem uma visão de curto prazo e que as consequências negativas surgirão no futuro.

Heloísa Apolónia alertou, ainda, para o erro que está a ser cometido com o olival intensivo e superintensivo, um erro que trará graves consequências no futuro, nomeadamente no consumo de água, saturação e desertificação de solos e no combate às alterações climáticas, situação para a qual Os Verdes estão a alertar em tempo útil!

Neste debate o PEV anunciou a apresentação de dois diplomas: um para impedir subsídios ou outros apoios em relação a projetos de investimento em culturas intensivas ou superintensivas, e outro que visa afastar este tipo de produções das zonas populacionais.

Veja as intervenções dos Deputados ecologistas:

Heloísa Apolónia - PEV alerta para grave erro do Governo - culturas intensivas e super intensivas


Heloísa Apolónia - Culturas intensivas e super intensivas estão a causar problemas ambientais


José Luís Ferreira - Os Verdes querem travar as culturas intensivas e super intensivas

quarta-feira, 5 de junho de 2019

PEV questionou oGoverno sobre o Ramal de Portalegre e a eletrificação de Beja-Casa Branca

Para assinalar o dia Mundial do Ambiente, o Partido Ecologista Os Verdes escolheu para tema da Interpelação ao Governo, que ocorreu hoje na Assembleia da República, "Combate às Alterações Climáticas: a Importância do Setor dos Transportes”.

José Luís Ferreira questionou o Ministro do Ambiente sobre as questões da descarbonização e da ferrovia, fundamental para o combate às alterações climáticas e pilar essencial para o desenvolvimento dos pais, mobilidade das pessoas e redução da pegada ecológica – foi por estas razões que o PEV colocou a ferrovia como uma das matérias essenciais durante as conversações que permitiram estes 4 anos de governação:

“Os Verdes foram a locomotiva que puxou o transporte ferroviário para os carris da Governação mas também podemos dizer que o comboio levou poucas carruagens”

Há compromissos ainda por cumprir, como a elaboração da base de um plano ferroviário nacional, a construção do Ramal de Portalegre, a eletrificação de Beja-Casa Branca, a eletrificação do Douro-Pocinho ou estudo de viabilidade da reabertura da Linha do Corgo. O Deputado ecologista terminou a sua intervenção, questionando sobre a contratação de mais trabalhadores para a EMEF, essenciais para a manutenção do material circulante:

“Será preciso instalar-se o caos para depois agirmos?”