terça-feira, 21 de junho de 2011

PRODUZIR E CONSUMIR LOCAL – UMA CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO

Eleições decorridas, em marcha “os preparativos” para tomada de posse da Assembleia da República, o PEV forma Grupo Parlamentar e é tempo de começar a propor soluções para este país. Uma das temáticas que os Verdes levarão ao novo Parlamento, prende-se com o incentivo ao consumo local e à produção nacional. Este país, mal governado como tem sido, tem um défice alimentar de mais de 70%, atingindo um valor superior a 3 mil milhões de euros e concorrendo directamente para o engrossar da nossa dívida. A perda de solo agrícola útil tem sido uma constante, com efeitos bastante preocupantes do ponto de vista do despovoamento, da desertificação e do abandono de áreas fundamentais para o desenvolvimento e auto-sustentação do país. Isto para além do crescimento do desemprego com contributo directo desta área, que viu desaparecer mais de 300 mil pequenas explorações agrícolas nos últimos 20 anos, ao que não é alheio o facto das ajudas à produção estarem sobejamente mal distribuídas, levando a que 3% das explorações “engulam” 60% do total de apoios). Certo é que esta realidade decorre, não da falta de potencialidades do país (as quais são abundantes), mas sim de concretização de políticas que têm promovido o abandono deste sector (como de outros, de resto), tornando-nos mais e mais dependentes do exterior e com um endividamento sempre crescente. O PEV lançou, ao nível nacional uma campanha com vista a sensibilizar os cidadãos para a preferência de produtos nacionais e para o incentivo à multiplicidade de agricultura de pequena escala, que é sempre aquela que mais se compatibiliza com exigências ambientais e que melhor serve evoluções sociais. Também na Assembleia da República, os Verdes apresentarão um projecto de lei que visa estabelecer a obrigatoriedade da presença de produtos alimentares portugueses nas grandes superfícies comerciais, através da fixação de uma quota que obrigue a grande distribuição a garantir o direito dos consumidores à compra de produtos locais e o direito ao escoamento dos produtores nacionais. É tempo de revitalizar o mundo rural, é tempo de perceber que este país empobreceu quando destruiu o mundo rural e a agricultura, é tempo de perceber que a agricultura é determinante para a redinamização da nossa economia. Mas é preciso que se perceba, igualmente, que não há agricultura sem agricultores. É tempo, pois, de que estes sejam respeitados e dignificados.
Heloísa Apolónia

terça-feira, 7 de junho de 2011

PARA "OS VERDES": BACTÉRIA E.COLI REQUER PREVENÇÃO E NÃO AS MENTIRAS DO MINISTRO DA AGRICULTURA

O Partido Ecologista “Os Verdes” acusa o actual Ministro da Agricultura e cabeça de lista do PS ao distrito de Santarém, António Serrano, de mentir hoje aos portugueses quando afirmou em declarações aos Órgãos de Comunicação Social a propósito da detecção da bactéria e.coli em pepinos, que Portugal não importava produtos hortícolas dessa natureza da Europa. Manuela Cunha dirigente de “Os Verdes” e cabeça de lista da CDU pelo Distrito de Bragança afirma que essas declarações do Ministro não correspondem à verdade pois Portugal importa e muito hortícolas deste e de outros tipos de Marrocos e também da Europa, nomeadamente da vizinha Espanha. Estas declarações do ministro foram também contrariadas pela ASAE que tornou público o resultado das análises realizadas a pepinos espanhóis, retidos num armazém em Portugal, para detectar a presença da bactéria e.coli deram resultado negativo. “Os Verdes” compreendem que não se deve alarmar os cidadãos, mas isso não deve ser motivo para não se dizer a verdade principalmente quando estão em causa medidas de prevenção que devem ser tomadas no sentido de garantir a Segurança Alimentar.
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS EUROPEU? NÃO, OBRIGADO.
O Partido Ecologista “Os Verdes” repudia veementemente a intenção revelada por Jean-Claude Trichet, da União Europeia vir a criar um Ministério das Finanças Europeu que passaria a definir os Orçamentos de Estado dos países em situação de crise que não conseguirem cumprir o combate ao défice no quadro dos resgates com a troika. Para “Os Verdes” a criação desse Ministério supra-nacional seria mais uma perda inaceitável de soberania nacional e um factor de atrofiamento da nossa economia e de agravamento das condições de vida dos portugueses. O Partido Ecologista “Os Verdes” espera que os portugueses exprimam no dia 5 de Junho nas urnas a recusa deste caminho e destas propostas a que estão amarrados PS, PSD e CDS. O Partido Ecologista “Os Verdes” Gabinete de Imprensa de “Os Verdes”